Espaço Terapêutico Psique

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O Casal em Terapia

No casal, os laços afetivos são, em grande parte, estabelecidos por razões inconscientes. “Amo aquele que complementa minhas carências, que repete os meus desejos de infância, tenham sido eles realizados ou não”. Assim, o outro está mergulhado numa responsabilidade que ele nem sempre pode satisfazer. Ou, quando satisfaz, perpetua o passado e ajuda a construir uma ausência de fronteiras deste com o presente. O casal penetra neste jogo de complementação sem se dar conta. A paixão confunde o “eu” e o “tu”, ameaçando a identidade de ambos.

Para o nosso inconsciente, paramos na infância. O casal então cria um “espaço” próprio onde cada um sente o outro como “um pedaço de si”, encarregado de perpetuar e realizar seus sonhos antigos. Este “espaço” corre o risco do sentimento de quebra de confiança e decepção, caso o outro não corresponda às expectativas que nele foram projetadas.

A união de um casal pode ser vista como uma capa protetora que os isola da realidade e os deixa fixados e confortáveis em um mundo estático que não evolui para nenhum dos dois. O conflito resultante da não superação do passado poderá atualizar a infância e tornar cada membro do casal responsável pelo que não foi resolvido no outro. E, como a inércia é uma das leis do inconsciente, os conflitos reviverão com o peso do presente que, ao trazer novos desafios, confronta o que há de estático e imutável em cada um dos membros do casal.

A fusão inconsciente gera uma imobilidade ilusória na vida do casal, como um lago parado que esconde um mundo em seu interior. De repente, algo agita aquelas águas e aparecem monstros. O outro ser um “eu” e não um “nós” pode significar a perda do controle e da posse, com sentimentos de rejeição e solidão. Assim, a individualidade pode ser uma ameaça para essas estruturas inertes.

O jogo inconsciente é estático, enquanto que o enfrentamento do dia a dia coloca o casal diante de realidades que não podem ser resolvidas com as soluções que sempre foram usadas no passado. Estão, dessa forma, diante de situações que demandam criatividade. Um dos cônjuges nem sempre está pronto para o novo e pode traduzir novas atitudes como traição. Traição de um jogo que tem de ser jogado sempre da mesma forma.

A necessidade de mudança pode conviver com a fusão inconsciente na vida de um casal. Assim, da mesma forma que o casamento pode trazer todo esse laço com o passado, o surgimento de um novo “eu” traz uma oportunidade de crescimento para ambos. Nossas carências antigas não são necessariamente negativas ou impossíveis de serem superadas. Elas podem integrar novas formas de estruturação ao serem confrontadas com as exigências do presente.

Vários motivos podem levar um casal à terapia. Por exemplo, os conflitos motivados pelas razões citadas acima. Esta fase não é fácil, pois a descoberta deste “outro lado” do cônjuge pode despertar sentimentos de raiva e depressão

Sim, o casal precisa e pode divisar novos horizontes. Ambos precisam respeitar-se como indivíduos. Mudar não é trair, mudar é respeitar o outro, mudar é crescer.

E a terapia pode ajudar a encontrar este caminho.

Psicóloga Simone Mello Suruagy

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