Espaço Terapêutico Psique

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Estresse

1 – Definição

1.a ) Geral

O estresse é um fenômeno relacional entre o indivíduo e seu ambiente, refletindo todo um conjunto de reações e respostas do organismo. Poderíamos então assim defini-lo:

"desgaste geral do organismo, causado pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando a pessoa se vê forçada a enfrentar uma situação que, de um modo ou de outro, a irrite, amedronte, excite ou confundia, ou mesmo a faça imensamente feliz."

Se trata então de uma reação natural do organismo a eventos percebidos como ameaçadores ao seu bem estar físico e psicológico, que inclui respostas fisiológicas e psicológicas de enfrentamento destas situações.

Certo nível de estresse é benéfico ao estimular o corpo, melhorando nossa atuação; porém o estresse se torna prejudicial quando se transforma em um processo crônico e o indivíduo passa por diversas situações estressantes no dia-a-dia.

É bom lembrarmos que cada um tem um nível diferente de tolerância ao estresse. Esta situação está melhor definida no Quadro 1.

Quadro 1 – Etiologia do Estresse

quadro stress 001




 

 


1.b ) Situação Estressante

Características mais fundamentais dos eventos estressantes:

    Situações percebidas como incontroláveis
    Situações percebidas como imprevisíveis
    Situações que desafiam nossas capacidades ou auto-imagem

1.c ) Percepção Individual do Estresse

“... o resultado que cada um de nós experimenta devido ao estresse depende da cor dos óculos que usamos para ver o mundo."

Conforme aspectos individuais de nossa personalidade, de nossas crenças e valores, dependerá nossa capacidade de resistir ao estresse.

1.d) Fases do Estresse – Reação ao Estresse

Enfrentando uma Situação Estressante e a Percepção Individual codificando-a como potencialmente perigosa, o organismo reage ao Estresse nas seguintes fases:

    a fase de alerta: Série de reações involuntárias que ocorrem quando nosso cérebro, interpreta alguma situação como ameaçadora; nesta fase a pessoa experimenta uma série de sensações como mãos suadas, respiração ofegante, taquicardia;
    a fase de resistência: Quando o estresse é de longa duração e/ou de grande intensidade; nesta fase já há mudanças no nosso modo habitual de viver. Esta Segunda fase provoca alterações emocionais, levando algumas pessoas à agitação, outras para apatia; o indivíduo parece preocupar-se demais e por pequenos motivos fica nervoso. Há ansiedade freqüente, insônia e sentimento de inutilidade. A tristeza passa a ser dominante no humor, podendo ocorrer episódios de choros sem motivos; costuma haver diminuição do apetite sexual. Provoca alterações fisiológicas: dentes rangendo, dores lombares, dores de cabeça, sensação de peso nas pernas e braços, diarréia, suores frios, mãos geladas, taquicardia, má digestão, etc. Também alterações no campo comportamental , onde algumas pessoas começam a faltar rápido com movimentos ríspidos; outras ocupam-se o dia inteiro, mas não conseguem terminar nenhuma tarefa; há mudança no hábito alimentar, em geral para o excesso.
    fase de exaustão: é quando o estresse se mascara em doenças psicossomáticas, como problemas cardiovasculares, respiratórios, musculares e emocionais (ansiedade e depressão). Isto ocorre devido a queda dos nossos mecanismos naturais defesa.

2 – Sintomas

2.a ) Sinais Corporais

    CÉREBRO – A pessoa torna-se irritável e, às vezes, insone., pela diminuição da produção de serotonina
    MAXILARES – a pessoa estressada costuma ranger os dentes, o que pode desgastá-los e deslocar a mandíbula a ponto de pressionar os nervos da face. Isso produz zumbidos nos ouvidos e até tontura.
    GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS- fabricam adrenalina, que mantém o corpo alerta, e cortisol, que energiza os músculos. Em excesso, o cortisol reduz a resistência às infecções. Pode causar morte de neurônios, envelhecimento cerebral e perda de memória.
    CORAÇÃO – A aceleração dos batimentos cardíacos sobrecarrega o músculo cardíaco, elevando a pressão arterial. Ocupações com alto nível de exigência e pouco controle, e o risco de doença cardíaca coronariana. A incidência de ataques cardíacos está muitíssimo correlacionada com a ocupação e o estilo de vida.
    PULMÕES – a tensão acelera a respiração. Pode desencadear a longo prazo doenças respiratórias ou exacerbá-las.
    PELE – sob estresse, os vasos sangüíneos periféricos – mais próximos da pele – contraem-se e são menos irrigados. Se o estresse é constante, o envelhecimento é mais rápido.
    ESTÔMAGO – o cérebro ordena ao estômago que produza os ácidos do suco gástrico. O excesso de acidez, unido à queda de resistência a infeções, pode provocar úlceras e gastrites. Notadamente o diabetes, enxaquecas, distúrbios digestivos como a colite, os espasmos do cólon, a gastrite, e a diarréia e a prisão de ventre crônicas estão associadas ao estresse.
    MÃOS – um dos maiores indicadores de tensão é suar frio nas mãos e pés. Os músculos recebem mais irrigação sangüínea, pela contração de diminutos vasos sangüíneos e o aumento de sua pressão sangüínea. ao mesmo tempo que o sangue se afasta das extremidades. É por isso que os dedos das mãos e dos pés ficam frios. O tônus muscular logo se reforça, tornando a ação muscular mais imediata e eficiente.
    ÓRGÃOS SEXUAIS – Outra conseqüência do estresse crônico é uma diminuição dos níveis de hormônios sexuais, tanto nos homens quanto nas mulheres, que age no sentido de reduzir o apetite sexual e provavelmente desempenha um importante papel nas dificuldades conjugais e no relacionamento com o parceiro sexual. Nos homens, a condição de estresse prolongado baixa o nível do hormônio masculino principal, a testosterona, que influencia diretamente no apetite sexual. Nas mulheres, o estresse diminui os níveis de progesterona, podendo causar queda da libido e distúrbios que causam cólicas no período menstrual. Nos homens, os efeitos podem prejudicar o desempenho sexual.
    ARTICULAÇÕES – situações de estresse podem desencadear crises em pessoas que sofrem de artrite e reumatismo. O mecanismo que as causa, porém, ainda não está totalmente esclarecido.

2.b ) Sinais Psicológicos

    Tendência para o autoritarismo
    Tendência a se sentir perseguido
    Aumento de consumo de fumo, álcool, etc.
    Isolamento/ introspecção
    Queda da eficiência
    Irritabilidade
    Desmotivação
    Queda da capacidade de concentração e organização
    Depressão
    Sensação de incompetência
    Ansiedade
    Baixa auto-estima
    Insônia ou dormir demais

No âmbito organizacional/empresarial os resultados do estresse podem ser observados nos elevados níveis de absenteísmo, no aumento do turnover e da insatisfação, na redução da produtividade, no aumento do número de erros e acidentes de trabalho. Sua presença também pode ser diagnosticada em apatia, fadiga, ansiedade e baixa motivação da força de trabalho.

O estresse humano, que é um subproduto previsível dos conflitos de trabalho, ambigüidades modernas, pressões profissionais, recursos deficientes e contatos estressantes com pessoas em necessidade, está associado a doenças, mudanças de personalidade, problemas conjugais e de relacionamento interpessoal, aposentadoria precoce, redução de desempenho no trabalho, acidentes de trabalho, críticas injustas contra a empresa e até mesmo morte precoce.

Estima-se que 60 a 80% dos Acidentes de trabalho estão diretamente relacionados ao estresse.

3 - Mecanismos Patológicos de Fuga ao Estresse

Existem uma série de comportamentos que visam evitar o Estresse, mas que representam um problema em si mesmos. O incômodo ocasionado pela reação ao estresse continuado, acarreta reações de fuga muitas vezes não salutares. Buscando anestesiar seus sentidos, algumas fugas são mais empregadas como:

    bebidas alcoólicas;
    comer demais ou com freqüência, especialmente doces;
    fumar;
    beber café, bebidas à base de cola ou outras de alto teor de cafeína;
    consumir drogas fortes ou tomar pílulas que alterem o estado da mente;
    tomar remédios de receituário como tranqüilizantes e pílulas analgésicas;
    tomar remédios cuja venda é restrita para suprimir sintomas específicos
    tomar pílulas para dormir;
    fuga psicológica; comportamento auto-destrutivo;
    gritar com os outros, descarregar a ansiedade e raiva nos outros.

A pessoa que come muito doce, por exemplo, concentra-se no gosto bom e na sensação voluptuosa de comer como uma forma de anestesia dos sentimentos de estresse. A pessoa que bebe, anestesia seu sistema nervoso central com os efeitos químicos depressores do álcool.

Psicóloga Ana Suruagy Botto

 

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